Como fazer uma cortina simples

Já faz alguns dias que não posto, então hoje vou me aprofundar em algo bem útil.

Sempre chegamos naquele momento na organização de evento, que devemos criar pequenas cortinas para as portas, para que separemos ambientes, ou para que a luz de um outro local não interfira na projeção ou apresentação da sala.

Também quando precisamos de um fundo para um palco, mesa de bolo, ou local importante, e queremos tapar algum espelho ou objeto, ou item da construção que queremos esconder.

Hoje vou explicar passo a passo como fazer e pendurar uma cortina simples.

-Primeiro começamos com a compra do tecido, isso vai depender do efeito que você vai querer, se for para esconder a luz, uma lona de algodão ou um veludo, para uma decoração, um voil ou cetim. Mas o melhor tecido para um acortinado é sempre o que tiver maior largura, pois assim economizaremos com a quantidade a ser comprada, e dependendo do tecido ou local a ser instalado não vamos precisar costurar diversas tirar para conseguirmos a largura desejada, deixando um acabamento muito mais limpo, mas na maioria das vezes precisamos costurar. Nas lojas especializadas podemos encontrar lonas com até 3,20 metros, mas essas são bem grossa e nem sempre são as melhores.

Vou criar uma situação básica para entendermos isso e assim poderei seguir os próximos passos do processo.

Vamos supor que eu queira cobrir um espelho de 5 metros de largura e 3 metros de altura com um algodão cru, para uma projeção. Lembrando que a largura do algodão é 1,8 metros, e que teremos que ter um espaço de sobra para a costura, e também teremos que ter comprimento maior para a bainha superior e da barra; então gastaremos 3 tiras de 3,5 metros de comprimento, ficando com 25 centímetros para cada lado, para fazermos a bainha; e teremos sobre de 7 centímetros para cada lado da largura (Veja o desenho)
Para pendurarmos a cortina devemos ter ou um suporte para cortina já instalado, ou um trilho. Mas vamos supor que nesse caso não temo nada para pendura-la, então o que deveremos fazer é fixar um cano simples de ferro ou pvc na parede, criando um suporte substituto.

Caso a parede não possa ser furada, deverá ser construído um trainel, criando assim uma tapadeira (Entrarei nesse assunto em outro post!)
Na parte superior da cortina, faça furos com ilhos, como na imagem ao lado, fazendo com que o tecido não rasgue ou desfie, e que tenha um bom acabamento, e para pendurar, o aconselhável é o uso de cadarços chatos, para amarrar e desamarrar com firmeza e conseguindo rapidez para desmonte; fitas, como na imagem, para algo decorativo, caso não seja um projetor; braçadeiras de plástico, caso seja uma cortina que vá ser presa as pressas ou que ficará um tempo no local.

Se no seu caso, não for uma projeção, a cortina não precisará ter um peso na barra para ela ficar reta.

Mas caso precise, deixe as laterais na bainha da barra abertas, dos dois lados, assim você poderá enfiar um cano de PVC do tamanho da largura total da cortina, deixando ela bem reta.
Espero que essas dicas ajudem.

Caso alguma dúvida ficou, postem comentários, que responderei a todas as dúvidas!

PS: Olha também a segunda parte https://cenoagrafiadacena.wordpress.com/2010/12/21/como-fazer-uma-cortina-simples-segunda-parte/

O Movimento Rococó

Voltarei hoje com mais um movimento. Para fecharmos essa semana

Rococó

O termo rococó forma da palavra francesa rocaille, que significa “concha”, associado a certas fórmulas decorativas e ornamentais como, por exemplo, a técnica de incrustação de conchas e pedaços de vidro, usados na decoração de grutas artificiais. Foi muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas.

O rococó é um movimento artístico europeu, que aparece primeiramente na França, entre o barroco e o romantismo. Visto por muitos como a variação “profana” do barroco, surge a partir do momento em que o Barroco se liberta da temática religiosa e começa a incidir-se na arquitetura de palácios civis, por exemplo. Literalmente, o rococó é o barroco levado ao exagero.

A expressão “época das Luzes” é, talvez, a que mais freqüentemente se associa ao século XVIII. Século de paz relativa na Europa, marcado pela Revolução Americana em 1776 e pela Revolução Francesa em 1789. No âmbito da história das formas e expressões artísticas, o Século das Luzes começou ainda sob o signo do Barroco. Quando terminou, a gramática estilística do Neoclassicismo dominava a criação dos artistas. Entre ambos, existiu o Rococó. Na ourivesaria, no mobiliário, na pintura ou na decoração dos interiores dos hotéis parisienses da aristocracia, encontram-se os elementos que caracterizam o Rococó: as linhas curvas, delicadas e fluídas, as cores suaves, o caráter lúdico e mundano dos retratos e das festas galantes, em que os pintores representaram os costumes e as atitudes de uma sociedade em busca da felicidade, da alegria de viver, dos prazeres sensuais.

O Rococó é também conhecido como o “estilo da luz” devido aos seus edifícios com amplas aberturas e sua relação com o século XVIII.

<Quadro> Jean Honoré FragonardO Balanço

O Movimento Barroco

Vou começar a postar aos poucos sobre alguns movimentos artísticos que podem inspirar na criação .

Pesquisar é parte principal, da criação, na ajuda de resolução de problemas e entendimento de algum detalhe ou material que queiramos usar em algum projeto.

Vou começar pelo estilo Barroco, o qual mais me identifico.

Barroco

O barroco foi um período estilístico e filosófico da História da sociedade ocidental, ocorrido desde meados do século XVI até ao século XVIII. Foi inspirado no fervor religioso e na passionalidade da Contra reforma. Didaticamente falando, o Período barroco, vai de 1580 a 1756.

O termo “barroco” advém da palavra portuguesa homônima que significa “pérola imperfeita”, ou por extensão jóia falsa. A palavra foi rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana.

Embora tenha o Barroco assumido diversas características ao longo da história, o surgimento está intimamente ligado à Contra-Reforma. A arte barroca procura comover intensamente o espectador. Nesse sentido, a Igreja converte-se numa espécie de espaço cênico, num teatro sacro onde são encenados os dramas.

O Barroco é o estilo da Reforma católica também denominada de Contra-Reforma. Arquitetura, escultura, pintura, todas as belas artes, serviam de expressão ao Barroco nos territórios onde ele floresceu: a Espanha, a França, a Itália, Portugal, os países católicos do centro da Europa e a América Latina.

Contrariamente à arte do Renascimento, que pregava o predomínio da razão sobre os sentimentos, no Barroco há uma exaltação dos sentimentos, a religiosidade é expressa de forma dramática, intensa, procurando envolver emocionalmente as pessoas.

Além da temática religiosa, os temas mitológicos e a pintura que exaltava o direito divino dos reis (teoria defendida pela Igreja e pelo Estado Nacional Absolutista que se consolidava) também eram freqüentes.

De certa maneira, assistimos a uma retomada do espírito religioso e místico da Idade Média, num ressurgimento da visão teocêntrica do mundo. E não é por acaso que a arte barroca nasce em Roma, a capital do catolicismo

Contudo, não há como colocar o Barroco simplesmente como uma retomada do fervor cristão. A grande diferença do período medieval é que agora o ser humano, depois do Renascimento, tem consciência de si e vê que também tem valor – com exemplos em estudos de anatomia e avanços científicos o ser humano deixa de colocar tudo nas mãos de Deus.

O Barroco caracteriza-se, portanto, num período de dualidades; num eterno jogo de poderes entre divino e humano, no qual não há mais certezas. A dúvida é que rege a arte deste período. E nas emoções o artista vê uma ponte entre os dois mundos, assim, tenta desvendá-las nas representações.

<Quadro> Peter Paul RubensAlegoria sobre as bênçãos da paz

Casar é fácil

Em 2007 assistí a uma grande entrevista feita pelo programa “Sem Censura” pelo canal TVE.

O que me chamou atenção foi a criadora de uma blog que hoje tem o maior site de casamentos do Brasil.

Queria dividir com vocês esse grande local de pesquisa e entendimento do assunto.

Visite o site -> http://casarefacil.blogspot.com/

Preparando um projeto de evento

Hoje, vou dar algumas dicas, que poderão ajudar nos primeiros passos de um projeto que podem ser tanto um ambientação de um espaço, quanto a idealização de uma decoração de uma festa.

1Prazo – O tempo é essencial, pois com ele poderemos saber a demanda de trabalho e o contingente de ajudantes e profissionáis a serem contratados.

2O Evento – Devemos saber qual projeto será, um casamento, uma festa infantil, uma palestra, um noivado…

3Espaço – Antes de começarmos a pensar nas possibilidades, devemos conhecer o espaço, saber a área, o pé direito ( a altura do espaço) se há locais para serem pendurados objetos no teto ou nas paredes, os pontos de luz, por onde os clientes ou convidados entrarão, os locais principais, por exemplo, onde ficará a mesa do bolo, a mesa de frios, ou o palco onde será a palestra.

4Pessoas-Você deve saber quantas pessoas irão ao evento, se o espaço suportará esse contingente, como será organizado o espaço; com mesas ou somente cadeiras, futons no chão, pufes… as possibilidade de organização irão interferir e muito no seu processo criativo.

5Orçamento– Saber antes de tudo quanto você poderá gastar no projeto, e o que o cliente vai querer a ser construído no espaço, e assim você saberá a quantidade de mão de obra. Assim você poderá calcular e passar para o cliente o seu orçamento geral

Com esses 5 primeiros passos básicos, já poderemos começar a criar nosso projeto.

Dando uma de decorador de festa infantil

Ano passado fui convidade para decorar uma festa infantil, seriam três arcos de bolas, dois para decorar as escadas, e um para a mesa do bolo, além de cachos de balão com gás hélio para a decoração dos centros de mesa.

A festa não tinha tema, eram somente as cores primárias e muitas bolas…. ficou lindo de mais, toda decoração era a partir das cores primárias, dos docinhos ao bolo.

Arcos de bola são coisas bem simples de se montar e armar, com um pouco de prática se consegue ótimos resultados. Na época já sabia como fazer um arco de uma cor só, mas eu queria que os dois arcos fossem de 4 cores intercalada. Com uma pequena busca encontrei um tutorial bem interessante.

Para estruturar o arco devemos pegar 2 baldes de plástico, e 1 cano de PVC de 5 metros. enchemos os baldes de cimento, e enterramos cada ponta do cano em cada balde, quando ele endurecer, podemos estrutura-los no local desejado, formando assim o arco com o cano. Quando a coluna de bolas estiver pronta, chegando aos 5 metros, somente se encaixa a coluna, empurrando contra o cano em arco, ele vai entrar e ficar no meio das bolas, repetindo esse processo por toda a extensão do cano, cobrimos todo o cano com a coluna de bolas, que agora estará em formato de arco.

Decoração chinesa e japonesa – parte2 – Como fazer Nichos

Hoje vou continuar com a temática de ontem, a decoração japonesa e chinesa, moderna e ocidentalizada. E também vou explicar como se controi um nicho passo a passo, de maneira bem simples de se entender.
Terminando o que foi tratado ontem, sobre o nicho com luz, hoje vou mostrar alguma das maneiras que esse tipo de nicho pode ser feito, e algumas versões mais modernas, que podemos encontrar tanto na decoração de restaurantes, espaços públicos de prédios, ou até mesmo em casas. Um detalhe na decoração que é bem simples de ser feito, obtendo resultados muito inusitados e belos.
Um nicho pode ser feito de duas maneiras, criando realmente um espaço vazio na parede, um pequeno vão, ou se construindo um parede falsa sob a parede real, com algum material mais barato e fácil de se trabalhar, sem precisar assim de se destruir a estrutura do espaço.
O material mais utilizado nesses casos é o gesso pois aparentemente se parece com uma parede de alvenaria, o seu acabamento faz com que fique imperceptível sua presença. No nosso caso para que o acabamento fiquei mais bonito vamos finalizar com uma superfície de bambus que emoldurarão nosso nicho.

Como vocês podem ver na imagem(clique na imagem), sobre a parede, arma-se uma estrutura simples de madeira, e essa estrutura que dará a profundidade de nosso nicho. E colocamos por cima da estrutura as placas de gesso( coloquei com um material translúcido para a estrutura ser vista com facilidade) para esconder a estrutura, e não parecer uma parede falsa.
Por fim podemos cobrir toda a parede ou parte dela com os bambus, pintamos o interior do nicho, ou podemos colocar um espelho no fundo para dar profundidade; ou até podemos colocar um vidro jateado, cobrindo assim o nicho que pode ser mais estreito para abrigar somente pontos de luz, usando assim como uma janela, ou efeito de luz na parede.

As possibilidade são inúmeras, mas a estrutura é básica para qualquer situação, e bem simples de se construir.

Decoração chinesa e japonesa – parte1

Ontem fui a uma comemoração de aniversário de um grande amigo, ele marcou em restaurante de culinária chinesa e japonesa, mas o nome do restaurante era “Via China” na Tijuca – RJ, pois a especialidade deles é a cozinha chinesa.

Ao entrar percebi que mesmo o nome não batia com a decoração que era inteiramente japonesa. A decoração era linda, o espaço muito bem organizado com mesas de ardósia, e cadeiras pretas, com formas bem bonitas, as paredes eram totalmente cobertas com adesivações com desenhos de cenas do teatro Kabuki, o teatro japonês, as imagens eram de ótima qualidade, e mostravam os desenhos antigos de grande rostos dos atores japoneses.

Nota: O teatro Kabuki surgiu no século XVII, e era permitido usar dispositivos cenográficos tais como elevadores para fazer subir e descer o piso do palco, e em ocasiões fazer o palco girar, o configurando como um palco giratório.

Entre algumas adesivação nas paredes, haviam algumas faixas com bambu e no centro do bambu, nichos de gesso que entravam na parede pintada de vermelho, que era iluminada por pontos de luz que pareciam vir de baixo dos bambus que cobriam a parede do teto ao chão formando uma grande moldura para os nichos. Iso sim pode ser consideada uma decoração chinesa moderna. Mas já com alguam influência ocidental.

Reformulações

Eu ando sentindo que o blog anda muito no estilo blog aula, e não é isso que quero com ele, quero passar os problemas do dia a dia da profissão do cenógrafo e passar dicas de cenografia e técnicas de arte e artesanato que possam ser aplicadas tanto na decoração da casa, de uma festa evento ou até mesmo em pequenas apresentações ou decoração de espaços ou vitrines….. Passar da técnica ou a dica para o dia a dia….

Amanhã já estarei reformulando o blog.

Fiquei ligados

>>> Palcos <<<

Hoje vou explicar um assunto pendente sobre o post anterior; vamos entrar mais aprofundamente na temática do teatro.

O Palco, um mundo que evoluiu e que hoje é reinventado e reciclado em formas múltiplas para assim indicar o foco, direção, estética ou ritmo de cada peça ou apresentação. Vou falar um pouco sobre o palco italiano, o teatro moderno, o que mais encontramos por sua forma básica até certo ponto.

}}Palco Italiano{{

A caixa cênica Italiana, é dividida essencialmente em 3 grandes áreas, o urdume, o palco e o porão.

–>Urdume: Situado na parte superior do palco, é formado pelo gride, que consiste em uma espécie de estrado por onde passam as cordas e cabos que fazem baixar e subir os telões, bambolinas, pernas e cenários.

Sobre estes estrados se apoiam os gornes de cabeça e roladanas que guiam as cordas que servem para equilibrar a horizontalidade das varas e para contrapesa-las com o carro de contrapeso que fica na outra ponta destas cordas.

–>Palco: Este é o lugar onde se leva a cabo a representação e onde se colocam os elementos cênicos. Sua parte frontal está limitada pela boca de cena e pelo procênico.
A Boca de cena, que tem as medidas fixas, pode ser diminuída por meio de uma peça horizontalmente chamada de bambolina mestra e de dois verticalmente chamados de bastidores.(No próximo post abordarei somente o palco, pois suas estruturas e roupagens cênicas são inúmeras)

–>Porão:Situado a baixo do solo do palco, este lugar está destinado a colocação de elevadores de carga que tem como missão ajudar nos efeitos especiais de aparecimento e desaparecimento. Estes elevadores, ao princípio muito rudimentares, deram passo a um complexo sistema de trilhos que melhoraram notavelmente a organização e a metragem das mudanças rápidas e precisas da cenografia.

Na atualidade muitos desses sistemas tem sido reimplantados por mecanismos de circuito hidráulico dando lugar a aos chamados cenários flutuantes.

O fosso foi o lugar onde, por muito tempo, se situava o apontador, figura que hoje perdeu seu espaço