um_texto_multi_mundos – dias_felizes

Hoje o nosso post semanal segue com mais um texto de Samuel Beckett, dessa vez a obra é “Dias Felizes” – “Happy Days”. O texto e suas multi imágens.

“Dias Felizes” é um monólogo em dois atos, protagonizada por uma mulher em uma situação insólita, ela está semi enterrada na terra.

No primeiro ato, Winnie está enterrada em terra até a cintura, é ignorada pelo marido dorminhoco. Winnie tem uma mala com vários artigos, como um pente, uma escova dos dentes e um revólver que abana com carinho. O ruído desagradável de um relógio irá marcar as horas de sono e as horas de acordar. Winnie mostra-se feliz com a sua vida. “Ah, bem, seja como for, é o que sempre digo, foi um dia feliz apesar de tudo, outro dia feliz.”

O seu marido Willie está perto, também num buraco. Winnie está imóvel, mas Willie, ocasionalmente, levanta-se e chega mesmo a ler o jornal junto à esposa (mas sem enfrentar o plateia)

No segundo acto, Winnie apresenta-se enterrada até ao pescoço. Continua a falar mas não chega à sua mala, somente pode alcançar o revolver. No fim da peça, Willie rasteja até junto da esposa que olha para ele com carinho, enquanto canta uma canção que se refere a uma caixinha de música que examinara no primeiro acto. Willie estava livres dês de o principio da peça.

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Para quem não viu o primeiro post da sequência –

um_texto_multi_mundos – atos_sem_palavras

um_texto_multi_mundos – atos_sem_palavras

Hoje vou começar um projeto semanal. Vou partir de um texto teatral, e com ele postar uma série de montagens diferentes do mesmo texto. Apresentando assim a imagética de cada equipe (diretor, cenógrafo, diretor de arte…) sobre um texto.

O texto de hoje é – Atos Sem Palavras de Samuel  Becket – Segue o link para leitura

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Teatro naturalista e teatro de estados de alma

Por Vsevolod Meyerhold

In “Écrits sur le Théâtre”, Tome I, La Cité – L’Age d’Homme, tradução de Beatrice Picon-Vallin, Lausanne, pág. 95-104.Tradução de Roberto Mallet.

” O Teatro de Arte de Moscou tem duas faces, sendo ao mesmo tempo um teatro naturalista[1] e um teatro de estados de alma. O naturalismo do Teatro de Arte é um naturalismo que vem dos Meininger. Seu princípio fundamental é a reprodução exata da natureza.

Tanto quanto possível, tudo em cena deve ser verdadeiro: tetos, sancas, molduras, papéis de parede, portas com cortinados, respiros, etc…”

Link do artigo na integra -> Teatro naturalista e teatro de estados de alma

Maurice Maeterlinck e a ressurreição do ator

Por Lara Biasoli Moler

In: Sala Preta: Revista do Depto de Artes Cênicas – ECA/USP. São Paulo, 2002. nº2 p.72-77.

“Algo de Hamlet morreu no dia em que o vimos morrer no palco. O espectro de um ator roubou-lhe o trono e não podemos mais afastar o usurpador de nossos sonhos! Abram as portas, abram o livro, o príncipe anterior não volta mais. Sua sombra por vezes ainda passa pela soleira, mas ele não ousa avançar, não pode mais entrar e quase todas as vozes que o aclamavam dentro de nós estão mortas. [1]

Um dia, Maurice Maeterlinck era, nas palavras de Guy Michaud, o único que tinha algo a dizer ao teatro simbolista; mais tarde, estava morto antes mesmo de morrer aos 87 anos, tal o esquecimento em que se perdera com o passar dos anos, como nos conta Otto Maria Carpeaux…”

Link do artigo na integra em PDF –> Maurice Maeterlinck e a ressurreição do ator

El modelo de Constantin Stanislavski: el actor como artista.

por Raúl Kreig

El camino hacia la verdad – La preocupación fundamental de Stanislavski fue la de luchar contra un estilo de actuación grandilocuente, basado en el cliché, el estereotipo repetitivo y vacío de emociones que imperaba en su época. Reaccionó contra el divismo y se opuso a la actuación narcisística dirigida hacia el espectador sólo en busca de aplausos. Rescató al actor como artista. Propuso un modelo de actor honesto consigo mismo y con su arte, un actor que trabaje sobre la verdad, ya que para el maestro ruso no existe arte sin verdad. Elevó al actor a la categoría de creador…

Link do artigo na integra em PDF –> El modelo de Constantin Stanislavski: el actor como artista.


Direção cênica e princípios estéticos na companhia dos Meininger

Pablo Iglesis Simón

Tradução de Fátima Saadi

Folhetim n.º 25, jan-jul 2007, p 6-31.

“Muita coisa já foi dita a respeito da companhia dos Meininger, mas há divergências a respeito de inúmeras dessas informações. Por exemplo, alguns estudiosos atribuem à companhia, liderada pelo Duque Georg II de Saxe-Meiningen, a invenção de diversos procedimentos cênicos; outros consideram o Duque simplesmente o primeiro diretor teatral de todos os tempos e, os mais cautelosos, vêem nele o primeiro encenador contemporâneo. Além disso, para alguns analistas, a responsabilidade pelo trabalho de direção coube essencialmente a Georg II, para outros, coube a Ludwig Chronegk, intendant e régisseur da companhia entre 1871 e 1891….”

Link do artigo na integra em PDF –> Direção cênica e princípios estéticos na companhia dos Meininger